Rua da Tradição

Tradição é tudo o que uma geração herda das suas precedentes e lega às seguintes

segunda-feira, outubro 15, 2007

exemplos de "bólides" de competição

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Estes são exemplos de carros de competição existentes na Lomba do Alcaide.
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Anti_Viruz, relata-nos as suas qualidades, no seu site:
Não deixem de o visitar.
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Sobre a fotografia representando 4 carros diz-nos: "Cada um com a sua melhor função: o primeiro ( josé das possinhas) perito em fazer (driveting) e o mais seguro até hoje; o ( No Name ) o mais rapido até ao momento; a Grande Besta, o que leva maior carga de pessoas até agora visto (7 ), e por fim, o nosso penúltimo projecto, o mais pequeno da Lomba e pertence ao Leonel ( Loirinho)."
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Também nos chama a atenção para algumas características de fabrico: um tem a matrícula 18-36-EE, outro tem "uma pintura radical lol, com uma rabeta altamente tuning e oficial do rali canadas" e conta-nos, ainda que alguns chegam a ter buzina, bateria e luz.

um problema matemático

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Se o Nuno, para fazer um carro de rolamentos, precisa de
  • 8 anilhas
  • 4 rolamentos
  • 1 tábua
  • 6 parafusos
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quantos carros de rolamentos completos consegue fazer com 36 anilhas, 15 rolamentos, 6 tábuas e 30 parafusos?
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construindo numa escola...

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Escola Básica 2.3 José Tarrago
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Integrado no projecto R.N.E.P.S. ( Rede Nacional de Escolas Promotoras de Saúde ), desenvolvemos o subprojecto " Jogos Tradicionais/ Animação de espaços verdes ".
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INTERVENIENTES
Alunos e professores das escolas do 1º Ciclo nº1, nº 2 e nº 3; Escola E. B. 2,3 e Secundária do Cartaxo
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OBJECTIVOS
Aliar o aspecto lúdico à defesa do património cultural e ambiental e promover as relações interpessoais entre alunos de diferentes níveis de ensino. Das actividades que decorreram nos dois primeiros períodos constaram a pesquisa de Jogos Tradicionais e a sua construção (jogos de madeira e outros). Estes jogos constituem um novo recurso para o desenvolvimento de actividades psico-motoras de intercâmbio entre as escolas e culminaram com a animação dos espaços verdes da cidade do Cartaxo, em colaboração com o Centro de Saúde, Autarquia e a E.S.E. de Santarém.
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Resultados:
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domingo, outubro 14, 2007

como fazer um carrinho de esferas

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Material necessário:
  • 1 tábua para servir de base com 60 x 30 cm. Esta medida depende do teu tamanho: senta-te nela (como se o carrinho estivesse pronto) e vê se podes conduzir confortavelmente. Tens de poder esticar bem as pernas como quando tens de virar. Se puderes fazer a frente mais estreita, ficas com mais espaço para curvar.
  • 1 ripa com 5 cm de largo x cerca de 3 cm de altura (em média) para servir de eixo da frente. Deve ter um comprimento de cerca de 60 cm. Se for muito curta, tens dificuldade em fazer as curvas, se for demasiado comprida, "salta-te" o pé ao curvar. Bom é o meio-termo. Experimenta "em seco".
  • 1 ripa com 5 cm de largo x cerca de 3 cm de altura (em média) para servir de eixo de trás
    Deve ter um comprimento ligeiramente maior do que a largura da tábua-base. Não precisa ser do tamanho do eixo da frente, mas se for, não faz mal.
  • 4 rolamentos de tamanho médio - pede-os numa oficina, normalmente dão-nos, porque não têm de ser novos.
  • 1 cordel com cerca de 1 metro (se for preciso menos basta cortar)
  • Pregos médios e grandes (mais de 8) e/ou parafusos
  • 1 parafuso e porca (maior do que a soma das alturas do eixo da frente e da tábua-base, com alguma folga). Se arranjares também quatro anilhas, melhor.
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Ferramentas necessárias (idealmente todas estas, mas podes resolver o caso com menos):

  • serrote
  • grosa (lima grossa)
  • martelo
  • berbequim (e broca do tamanho do parafuso)
  • chave de parafusos (se os fores usar)

Nota: se decidires tornar o teu carrinho de esferas mais confortável e/ou decorá-lo, podes fazer um assento, pintar o carro, fazer umas "costas", pôr um sistema de "volante", etc. O que ensinamos aqui é mesmo o mínimo.

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http://www.junior.te.pt/servlets/Bairro?P=Fazer&Page=vamosfazer/rolamentos3.html

"Carro de rolamentos ganha adeptos"

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carrinho de esferas

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Carro de rolamentos ganha mais adeptos (Sever do Vouga) 2003-03-10
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Atingem velocidades na ordem dos 80 a 100 quilómetros por hora e o que os separa da estrada são quatro rolamentos com medidas, pesos e larguras normalizados. Os carros de rolamentos podem ainda possuir suspensão, travão de mão, rádio ou faróis, tudo depende da criatividade do seu construtor, na maioria dos casos também o seu condutor que só tem de optar entre a madeira e o metal. Os acidentes são constantes nas provas. Mas nem por isso a modalidade deixa de ganhar cada vez mais adeptos. Das sete provas inseridas no campeonato nacional da modalidade, duas realizam-se em Sever do Vouga: uma no centro da vila e outra em Couto Esteves. O circuito de Sever do Vouga é considerado o melhor a nível nacional. Inserida no programa oficial da Festa da Lampreia, promovida pela Câmara, que decorre até ao próximo domingo, decorreu, anteontem à noite, uma prova de Fórmula Roll. Mais de um milhar de pessoas assistiu, na principal rua, à passagem de mais de três dezenas de praticantes. Na série de madeira o vencedor foi José Coelho (Penafiel), enquanto na prova de metal a vitória coube a Jorge Almeida, de Santiago de Riba Ul, em Oliveira de Azeméis. Fonte: JN
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http://www.centroaveiro.com/mpcore.php?name=Noticias&file=article&sid=195

carrinhos de esferas ou de rolamentos

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capa do último nº desta revista
trata do automóvel português - o carrinho de esferas ou rolamentos

"Depois, as evocações levaram-na às belas fotos de Teófilo Rego sobre o universo humano da beira-rio "Tenho aqui uma foto que me deram, da obra 'A Ribeira', por Teófilo Rego. É de três miúdos dentro de um caixote de peixe, largadas pelas escadas do muro da Ribeira abaixo. É só ver a cara deles, de felicidade e alegria, naquelas caritas, por tal aventura. Para eles não havia perigo, era uma delícia vir por ali abaixo aos escorregões. Já lá vão uns tempos bons e é como eu às vezes digo 'pobres mas alegres'. Hoje têm tudo mas não têm nada de importante. O importante era ter um carro de rolamentos ou um tábua jeitosa para vir pela rua abaixo. Os carros eram feitos por eles e o martelo, às vezes, uma pedra, e era ver quem arranjava os pregos"."
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sexta-feira, abril 06, 2007

putos...

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Orlando Teruz
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Uma bola de pano, num charco
Um sorriso traquina, um chuto
Na ladeira a correr, um arco
O céu no olhar, dum puto.
Uma fisga que atira a esperança
Um pardal de calções, astuto
E a força de ser criança
Contra a força dum chui, que é bruto.
Parecem bandos de pardais à solta
Os putos, os putos
São como índios, capitães da malta
Os putos, os putos
Mas quando a tarde cai
Vai-se a revolta
Sentam-se ao colo do pai
É a ternura que volta
E ouvem-no a falar do homem novo
São os putos deste povo
A aprenderem a ser homens.
As caricas brilhando na mão
A vontade que salta ao eixo
Um puto que diz que não
Se a porrada vier não deixo
Um berlinde abafado na escola
Um pião na algibeira sem cor
Um puto que pede esmola
Porque a fome lhe abafa a dor.
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Ary dos Santos

segunda-feira, outubro 30, 2006

Fazer uma bola trapeira...

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(cópia de documento pessoal)

Numa das escolas onde estive, no ínicio do ano, pedi a todos os alunos que fizessem uma bola trapeira. Protestaram... "que disparate, isso já não se usa... então não há dinheiro para bolas"... e mais uns mimos deste tipo. Com a "chantagenzita de uma falta" até a levarem lá foram aparecendo as ditas bolas. Amarelas, azuis, verdes, cinzentas... todos acabaram por aparecer com a sua bolita. Mais perfeita, menos bem feita, elas lá estavam. Arranjámos uma caixa e lá as guardámos. Todas as aulas havia uma sessão de exercícios e jogos com bola. Eles driblaram-nas com as mãos, com os pés... eles atiraram-nas à parede e apanharam-nas... eles fizeram percursos variados com elas... eles fizeram exercícios em que, por exemplo, tinham que, deitados, apanhar a bola com os pés e colocá-a atrás da cabeça e voltar a apanhá-la e colocá-la ao pé dos pés... eles jogaram ao mata... eles jogaram bowling... já nem sei, a bola serviu para tanto...

Adoraram a sua bola... adoraram o trabalho desse ano!

Mais tarde, estando a fazer formação de professores, na área de EF para o 1º ciclo, conhecendo as carências da maioria das escolas e ciente do prazer que aqueles meus alunos tinham tido com suas bolas trapeiras, sugeri a estes futuros professores que as usassem. Sei que pelo menos uma dessas formandas, quando nossa colega, o fez e sei que os putos reagiram como os meus tinham reagido.

É pena que as bolas trapeiras, ou bolas de trapos, como também são conhecidas, estejam a desaparecer!

... e se as "ressuscitássemos"?

domingo, outubro 29, 2006

Bola trapeira

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domingo, outubro 22, 2006

Jogo do Arco

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Material: - Arco e Gancheta
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Participantes: - Individual
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Desenvolvimento: - Os jogadores percorrem um percurso previamente estabelecido, procurando controlar o arco com a gancheta e realizar o menor tempo possível.
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Regras: - Se o jogador perde o controlo do arco, recomeça a prova no local onde isso aconteceu.
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Resultado: - Ganha o jogador que chegar 1º à meta, ou se, a prova não for feita em simultâneo, o jogador que fizer menos tempo.
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Regra optativa: - Penalizar cada perda do arco com, por exemplo, 2 segundos de acréscimo ao tempo conseguido.
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Variantes: - Realizar a competição por equipas.
Neste caso atribuem-se pontos por ordem de chegada, por exemplo, 10 pontos ao 1º, 9 pontos ao 2º, e assim sucesivamente. Somam-se os pontos de cada equipa e ganha a que tiver somado mais pontos.
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sábado, outubro 21, 2006

Arco - origem

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O jogo do arco, segundo uma gravura alemã do século XVIII.


A forma primitiva deste brinquedo foi o trochus (em grego, trochos, do verbo tre­cho, mover-se, correr graças a qualquer impulso). O trochus antigo era feito, em geral, de um simples aro de bronze que se fazia rolar por meio de uma varinha recur­vada. De resto, o mais simples dos aros não é um arco de pipa sobre o qual se bate com um pau, com pequenas pancadas repe­tidas, seguindo-o passo a passo? A varinha por meio da qual se punha o trochus em movimento era por vezes recurvada; deno­minava-se rabdos ou clavis, pois oferece, na extremidade, como se pode verificar em certos vasos gregos e romanos, uma saliên­cia que lhe dá alguma semelhança, embora longínqua, com uma chave.
Em certas figuras antigas, nomeadamente numa pedra gravada que foi reproduzida numa obra de Winckelmann, o jogador de trochus tem uma varinha em cada mão.
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Jogador de trochus


Este exercício era considerado muito hi­giénico pelos Antigos. Hipócrates aconse­lha-o às pessoas fracas e recomenda-o em todos os casos em que convém provocar uma sudação salutar. Oribásio, o médico do imperador Juliano, aconselha também o uso do arco. A descrição que dá do propulsor indica nitidamente que este ins­trumento era de ferro.
É verosímil que se organizassem nos ginásios provas atléti­cas de corrida com trochus.

Os arcos também foram utilizados pelas dançarinas gregas na apresentação de certos movi­mentos de destreza que tinham por vezes um sentido simbólico, como se verifica pela descrição seguinte, extraída do Ban­quete de Platão: «Vejo», diz Sócrates, «uma dançarina que se mantém ali imóvel e à qual trazem arcos. Imediatamente, a tangedora começa a fazer ouvir a flauta e a pessoa que se encontra perto da dan­çarina entrega-lhe até doze arcos. A dan­çarina pega neles, começa a dançar, e ao mesmo tempo lança-os ao ar, imprimindo­-lhes um movimento de rotação e calculando a força com que deve atirá-los para os receber, em cadência.» (Cap. lI.)
Ch. Lenormand mostrou que os trochus representavam simbolicamente um elo em relação directa com o casamento e a união conjugal. A rotação dos doze arcos pode evocar a ronda dos nascimentos da alma ao longo dos doze signos do Zodíaco. A uti­lização do símbolo do trochus nos misté­rios dionisíacos está confirmada, de resto, num dos vasos da colecção de Lamberg.

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Imagens e texto: Dicionário de Jogos, Ediorial Inova/Porto

sexta-feira, outubro 20, 2006

No faz-de-conta das nossas brincadeiras.

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"Roubado" na net

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Do arco e do pião
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No lançamento do livro da peça de teatro "Porto Profundo", de Alfredo Correia, às tantas, entraram pelo palco dentro actores fazendo - como se dizia no Burgo - de marmelos ou marmanjos de uma seita que havia por aí. Um, mimava o ciclista, dando o pedal fictício, outro entrava de arco e gancheta (quem sabe agora o que é isso?), o terceiro vinha em carro de rolamentos.
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D.Etelvina, que não falta a estas coisas e, sobre elas, fundamenta as opiniões, comentaria o assunto com pontinha de nostalgia do amor à cidade que vai desaparecendo "Gostei muito daquele actor a entrar no palco com o carro de rolamentos. Foi fantástico. E de ouvir o som da gancheta no arco, que já não o ouvia há anos. E o volante de bicicleta, coisas que eu vi os meus irmãos fazerem e brincarem. O carro de rolamenos já foi do tempo do meu filho (dantes não os havia, os carros deles eram uma tábua com cascas de laranja por baixo e toca a andar pela Rua dos Mercadores a baixo), e ainda levava atrás outro, de boleia. O pior era a Dona Ritinha do Senhor Santos, que estava ao balcão da loja e se arrepiava toda quando ele passava. Às vezes fazia-me queixa, mas o que é que eu havia de fazer? Ele tinha que brincar e eu dizia-lhe para ir para o passeio do lado de lá, mas parecia que aquele é que lhe dava jeito. Se fosse hoje, nem passeio tinham para andar de carro, ou para jogar à sameira".
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Depois, as evocações levaram-na às belas fotos de Teófilo Rego sobre o universo humano da beira-rio "Tenho aqui uma foto que me deram, da obra 'A Ribeira', por Teófilo Rego. É de três miúdos dentro de um caixote de peixe, largadas pelas escadas do muro da Rineira abaixo. É só ver a cara deles, de felicidade e alegria, naquelas caritas, por tal aventura. Para eles não havia perigo, era uma delícia vir por ali abaixo aos escorregões. Já lá vão uns tempos bons e é como eu às vezes digo 'pobres mas alegres'. Hoje têm tudo mas não têm nada de importante. O importante era ter um carro de rolamentos ou um tábua jeitosa para vir pela rua abaixo. Os carros eram feitos por eles e o martelo, às vezes, uma pedra, e era ver quem arranjava os pregos".
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E as lembranças até dão para um monumento poético "É também como eu digo: O tempo mudou/Eu também mudei/ Já não canto as cantigas/Que outrora cantei".
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Mas das memórias das brincadeiras faltava o pião que, nos tempos que correm, á património quase extinto. Um dia destes só o vemos nos museus e em programas destinados à divulgação dos jogos tradicionais. E com este esquecimento, conforma D. Etelvina conta, até se verifica o seguinte "O ano passado um catraio que mora no Bonfim fez anos. Fui lá e dei-lhe um pião. E disse-lhe: Agora pede ao senhor [ao meu irmão e amigo dele] que te ensine a jogar. E o Tiago respondeu que sabia jogar o pião - e é que sabia mesmo. Disse-me que aprendeu na escola. Fiquei admirado e achei lindo ele ter aprendido". (Tem razão: uma escola que ainda ensina a jogar ao pião é coisa tão rara como o lince da malcata). Em época de monstros e monstruosidades (reais, ao nosso lado, criados e alimentados pelo quotidiano em que nos conformamos viver, e não pela televisão) acaba por ser retemperador do espírito e música para os ouvidos ver os carros de rolamentos e ouvir o correr do arco na gancheta e o zumbido do pião "a dormir". É também das raras oportunidades da temperança e do sonho, já que, como disse (sabiamente, na argúcia dos seus seis anos) a Francisca "O telejornal, que mostra as coisas a sério, é pior e mais violento do que o CSI. Nos filmes é tudo a fingir".
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Assim era, também, no faz-de-conta das nossas brincadeiras.
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sábado, outubro 14, 2006

Bonecas de papel

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Quando era criança, brinquei muito com bonecas deste tipo. Sempre as achei muito giras.


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Dependendo dos bonecos que representavam, havia vestidos, saias, calças, casacos, chapéus, malas, camisas… roupa de verão, para praia, roupa de Inverno para o frio.

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Não sei se ainda existem, no entanto creio que constituiriam uma boa ferramenta, na pré-primária e inicio do 1º ciclo, para a aprendizagem da relação das diferentes peças de roupa com as diferentes partes do corpo, para a relação do tipo de vestuário com as estações do ano… e até para a aprendizagem de vestuários específicos de diversas profissões.
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Aqui para nós, gostava mais das minhas do que destas encontradas neste site:

quinta-feira, outubro 12, 2006

Les trois poules... - Une comptine

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http://album.aufeminin.com/


Quand trois poules vont au champs
La première s`en va devant
La seconde suit la première
la troisième va derrière

Et tout en se promenant
elles vont chercher du froment

terça-feira, outubro 10, 2006

A criada lá de cima... Lenga-lenga

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Bonecos de papelão - Projecto Ecobonecos


A criada lá de cima
É feita de papelão,
Quando vai fazer a cama
Diz assim, para o patrão:
Sete e sete são catorze,
Com mais sete vinte e um,
Tenho sete namorados
E não gosto de nenhum.

segunda-feira, outubro 09, 2006

O tempo... - um destrava línguas

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Salvador Dali



O tempo perguntou ao tempo
Quanto tempo, o tempo tem
O tempo respondeu ao tempo
Que o tempo tem tanto tempo
Quanto o tempo o tempo tem

sábado, outubro 07, 2006

Jogo do pião

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Material: - Um pião e uma cordel por participante

Nº de participantes: - Variável

Espaço de jogo: - Um círculo com +/- 1,50m de raio, para onde todos os participantes deverão lançar o seu pião, segundo uma ordem previamente sorteada.
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Objectivos: - Conseguir lançar o pião de forma a que gire no chão durante algum tempo arredando para fora do círculo o(s) pião(ões) que lá tiver(em) ficado e simultaneamente saindo também para continuar em jogo . Depois da 1ª rodada de lançamentos, começará o jogo, tendo como objectivo deitar fora do círculo, os pião(ões) lá deixado(s).

Preparação e lançamento do pião: -
O cordel enrola-se à volta do pião, começando a enrolar da ponta até ao meio do pião. sobrando um bocado que chegue para pôr à volta da mão.Depois pega-se na pontinha do cordel e lança-se ao chão, com um movimento de pulso. O pião irá girar, devido à força e ao jeito com que se puxar repentinamente o cordel, imprimindo-lhe um movimento de rotação.

Desenvolvimento: -
Depois da 1ª rodada de lançamentos, começará o jogo, tendo como objectivo deitar fora do círculo, o(s) pião(ões) lá deixado(s).
O(s) jogador(es) cujo pião ficar dentro do círculo ficará(ão) “de fora”, deixando lá o pião que os outros jogadores, um de cada vez, procurarão atirar para fora do círculo tentando “picá-lo”. O jogador que o conseguir fazer ganhará 50 pontos.


Nota: - O pião poderá ser “aparado” (apanhado do chão, com a mão, enquanto gira e mantê-lo a girar na mão) pelo jogador que o lançou, e que depois de o fazer dançar na mão, o tentará lançar novamente, na tentativa de “picar” o(s) que se encontra(m) dentro do círculo, empurrando-o(s) para fora e simultaneamente saindo também, para continuar em jogo.

Regras: -
1 - Os lançamentos são feitos de acordo com a ordem sorteada e sempre um de cada vez
2 – O jogo é constituído por 3 séries de lançamentos, portanto, cada jogador terá 3 tentativas para “picar” o pião no interior do círculo
3 – Se o(s) pião(ões) que está(ão) “de castigo” não for(em) atingido(s) sai(aem) do castigo ficando “de castigo” o(s) que tiver(em) ficado dentro do círculo.

O pião ao longo dos tempos

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Versão moderna e mais vulgar do pião

O pião é um dos brinquedos mais antigos.


Actualmente, é um pequeno objecto de madeira, em forma de pera invertida, tendo, na ponta, um espigão de ferro, normalmente prateado. Quando o espigão é dourado, o pião é um pião rei.

Ao longo dos tempos têm co-existido diversas formas de piões, dando nomes a diversas variantes de jogos do pião.

Na Babilónia foram encontrados piões de argila, decorados. Nas escavações de Pompeia também foram descobertos alguns, remontando a cinco a.c. Na Grécia e em Roma, Calímaco, Vírgilio, Horácio e Plínio citam-no nas suas obras. Em muitos povos indígenas de diversas partes do globo são encontradas diversas variantes do pião.
No Cancioneiro de Resende, Teófilo Braga escreve "É o jogo do piam Favor se lhe de voar", fazendo referência a jogos da sociedade do séc. XV

Adivinhas sobre o pião

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Alexander Lyamkin


Para andar lhe pus a capa
E tirei para andar
Que ele sem capa não anda
Nem com ela pode andar
Com capa não dança
Para dançar se bota capa
Tira-se a capa para dançar

Adivinha citada por Teófilo Braga


1. Estando nu, eu não danço
Me vestem para dançar
Mas me arrancam a capa
Para me verem brincar

2. É de madeira e ferro
Carrega tripa por fora
Quando brinca com ele
Pula, canta, até chora

3. Ele, com capa, não anda,
Sem capa não pode andar,
Para andar, bota-se a capa
Tira-se a capa para andar

Adivinhas citadas por Sérgio Alexandre di Marco

sexta-feira, outubro 06, 2006

O pião e as ciências

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A física dos brinquedos


A física do pião é extremamente interessante e ainda hoje representa um interessante problema a ser resolvido.

Porque não tomba o pião quando está a girar? Já pensou nisso? Note-se que se apenas se segurar o pião sem o girar, soltando-o em seguida, ele tomba.

Encontra a explicação em:

quinta-feira, outubro 05, 2006

O pião e a arte

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lithography after Joh. Siebert by J. Brodtmann , ca 1830.



Faz rodar o pião redondo tudo em volta
Atira a primavera e recupera o verão
Terras e tempos tudo assume esse pião
que rodopia e rouba o chão à folha solta

Joga tudo no gesto ríspido de vida
Reergue o braço a prumo arrisca nessa roda
riscada entre parede e tronco a infância toda
Tudo é redondo e torna ao ponto de partida

O sol a sombra a cal os pássaros os pés
o adro a pedra o frio os plátanos... Quem és?
Voltas? rodas? regressas? rodopias? nada

Mas do breve pião levanta ao céu a enxada
e que esta vida extensa para sempre seja
- será? - tão bem coberta que nem Deus a veja


Ruy Belo

quarta-feira, outubro 04, 2006

Paideia… Paidea

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Pieter Brueghel



Quis chamar a este blogue Paideia, que significa (para os gregos) cultura construída a partir da educação ou Paidea que traduz a “desorganização organizada", associada aos jogos infantis, a capacidade de gerar alegria... mas já alguém tinha tido a mesma ideia.

Quero ir colocando, neste cantinho, bocadinhos da nossa tradição: jogos tradicionais, lenga-lengas, talvez referências a festas populares, não sei… tantas pequenas grandes coisas que fazem parte da tradição, que fazem parte da nossa cultura, que fazem parte de nós…