Arco - origem
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Este exercício era considerado muito higiénico pelos Antigos. Hipócrates aconselha-o às pessoas fracas e recomenda-o em todos os casos em que convém provocar uma sudação salutar. Oribásio, o médico do imperador Juliano, aconselha também o uso do arco. A descrição que dá do propulsor indica nitidamente que este instrumento era de ferro.
Os arcos também foram utilizados pelas dançarinas gregas na apresentação de certos movimentos de destreza que tinham por vezes um sentido simbólico, como se verifica pela descrição seguinte, extraída do Banquete de Platão: «Vejo», diz Sócrates, «uma dançarina que se mantém ali imóvel e à qual trazem arcos. Imediatamente, a tangedora começa a fazer ouvir a flauta e a pessoa que se encontra perto da dançarina entrega-lhe até doze arcos. A dançarina pega neles, começa a dançar, e ao mesmo tempo lança-os ao ar, imprimindo-lhes um movimento de rotação e calculando a força com que deve atirá-los para os receber, em cadência.» (Cap. lI.)
O jogo do arco, segundo uma gravura alemã do século XVIII.
A forma primitiva deste brinquedo foi o trochus (em grego, trochos, do verbo trecho, mover-se, correr graças a qualquer impulso). O trochus antigo era feito, em geral, de um simples aro de bronze que se fazia rolar por meio de uma varinha recurvada. De resto, o mais simples dos aros não é um arco de pipa sobre o qual se bate com um pau, com pequenas pancadas repetidas, seguindo-o passo a passo? A varinha por meio da qual se punha o trochus em movimento era por vezes recurvada; denominava-se rabdos ou clavis, pois oferece, na extremidade, como se pode verificar em certos vasos gregos e romanos, uma saliência que lhe dá alguma semelhança, embora longínqua, com uma chave.
Em certas figuras antigas, nomeadamente numa pedra gravada que foi reproduzida numa obra de Winckelmann, o jogador de trochus tem uma varinha em cada mão.
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Este exercício era considerado muito higiénico pelos Antigos. Hipócrates aconselha-o às pessoas fracas e recomenda-o em todos os casos em que convém provocar uma sudação salutar. Oribásio, o médico do imperador Juliano, aconselha também o uso do arco. A descrição que dá do propulsor indica nitidamente que este instrumento era de ferro.
É verosímil que se organizassem nos ginásios provas atléticas de corrida com trochus.
Os arcos também foram utilizados pelas dançarinas gregas na apresentação de certos movimentos de destreza que tinham por vezes um sentido simbólico, como se verifica pela descrição seguinte, extraída do Banquete de Platão: «Vejo», diz Sócrates, «uma dançarina que se mantém ali imóvel e à qual trazem arcos. Imediatamente, a tangedora começa a fazer ouvir a flauta e a pessoa que se encontra perto da dançarina entrega-lhe até doze arcos. A dançarina pega neles, começa a dançar, e ao mesmo tempo lança-os ao ar, imprimindo-lhes um movimento de rotação e calculando a força com que deve atirá-los para os receber, em cadência.» (Cap. lI.)
Ch. Lenormand mostrou que os trochus representavam simbolicamente um elo em relação directa com o casamento e a união conjugal. A rotação dos doze arcos pode evocar a ronda dos nascimentos da alma ao longo dos doze signos do Zodíaco. A utilização do símbolo do trochus nos mistérios dionisíacos está confirmada, de resto, num dos vasos da colecção de Lamberg.
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Imagens e texto: Dicionário de Jogos, Ediorial Inova/Porto
1 Comments:
At 18 junho, 2007 23:47,
Klatuu o embuçado said…
Adoro este brinquedo.
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